domingo, 16 de janeiro de 2011

Para o melhor pai do mundo


Por teres sido.

Por me teres ensinado a sonhar,
Sonhei mais do que esperavas ou querias.
Por me teres ensinado a chorar,
chorei tanto que nem as lágrimas me vias.
Por sofreres quando eu fui,
Mais sofreste, quando não me viste
na tua agonia.
Por teres sido quem foste,
sorriste, pela minha vida.
E agora, quando me faltas,
Percebo-te,
e amo-te mais, ainda.
Abraça-me, pai.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010


Porque o ódio...

Poesia muitas vezes
Falam só de coisas boas
Amor, esperança
Muitas dizem
"Quem espera sempre alcança."
Mas a minha fala do pior sentimento
Que é o contrário da paixão
Contrario do amor
E associado da solidão
Este sentimento é causado pela raiva
Pela inveja e tudo aquilo que se entende por pior
Transformando o sentimento bom
No sentimento menor
Porque ele existe?
Isso não possso explicar
Mas posso dizer
Que quando você sentir
Vai se arrasar
Não gosto de explicar
Muito menos de falar
No sentimento que irei digitar
O ódio
Este é o sentimento
De que tanto falei
De que tanto expliquei
Por que o ódio é assim?
Por que ele muitas vezes não tem fim?
Isso eu não posso explicar
Mas posso dizer
Que só mal ele trará
Não quero mais saber de ti,
Já que não queres saber de mim!
Mas se disser que não te quero, menti,
Espero que contigo aconteça assim!
 
Por que essa birra de criança
Entre nós não fica bem,
Já somos realidade e não esperança
E temos idade pra saber quem é quem.
 
Eu sou aquele que em ti vê uma bela flor
E que faz qualquer coisa para seres feliz.
Tu és aquela que jura por mim muito amor,
Mas não é isso que a birra de criança diz!
 
Vamos parar com essas tolices infantis,
Aceitemos que nos amamos, que nos queremos.
Somos pessoas sãs não estamos senis,
O que impede que nos amemos?
 
O amor tem muitos ardis,
O ódio é o caminho mais curto para o amor
Ele não tira da flor os espinhos que provocam ais
Mas te dá do jardim a mais bela flor!

terça-feira, 30 de novembro de 2010

:(





Eu olho para ti, fixo-me nos teus olhos, que parecem ser um poço sem fim de brilho e pureza, oiço o teu cabelo acompanhar o suave e quase imperceptível toque do vento, o nosso ritmo cardíaco esta desencontrado, e com os meus olhos fixos em ti e os meus ouvidos concentrados no que quer que estejas para dizer, percebo, finalmente, que te amo, e que nós nunca iremos ter um fim, mesmo que o «nós» seja um complexo de duas pessoas separadas por milhares de km preenchidos pela saudade, porque eu sempre vivi na esperança de que o amor é superior, a tudo.
 Mas engano me porque tu nunca amarás ninguem enquanto não ultrapassares o preconceinto...
Eu ñ quero viver sem ti, muito menos dizer te adeus nem de ver o fim de nada, sobretudo se não lhe vi o princípio. Prefiro dizer até um dia destes, mesmo que esse dia demore anos. Ou então, afastar-me sem uma palavra, e deixar no ar o mistério de não saber quando, como e porque é que nos voltaremos a encontrar.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Este sentimento tão forte e irregular,
afortunado é aquele que o consegue contrariar.
Mas como a vida não é feita como queremos,
temos de vivê-la da forma que podemos.

Ele apareceu sem querer,
na sua imensidão
E sem pedir licença,
entrou no meu coração.

Nada posso fazer,
com ele terei de lidar.
Resta-me apenas descobrir,
a melhor forma de te AMAR


Oh, Vida! Fugitiva Companheira

Oh, Vida! 
Fugitiva companheira, 
Eu sinto que não posso acompanhar-te. 
Por isso, nesta hora feiticeira, 
Quisera erguer-te uma barreira 
E fazer-te parar 
E abraçar-te; 
E abraçar-te tão íntimo e tão fundo 
Que toda a vida apenas de um segundo 
Em mim entrasse, em mim vivesse, 
E que depois viesse o fim do Mundo 
Ou que eu morresse!... 

Sonhos

Numa casa de vidro te sonhei. 
Numa casa de vidro me esperavas. 
Num poço ou num cristal me debrucei. 
Só no teu rosto a morte me alcançava. 

De quem a morte, por terror de mim? 
De quem o infinito que faltava? 
Numa casa de vidro vi meu fim. 
Numa casa de vidro me esperavas. 

Numa casa de vidro as persianas 
desciam lentamente e em seu lugar 
a noite abria o escuro das entranhas 
e o teu rosto morria devagar. 

Numa casa de vidro te sonhei. 
Numa casa de vidro me esperavas. 
Fiz do teu corpo sonho e não olhei 
nas palavras a morte que guardavas. 

Descemos devagar as persianas, 
deixámos que o amor nos corroesse 
o íntimo da casa e as estranhas 
cerimónias do dia que adoece. 

Numa casa de vidro. Num espelho. 
Na memória, por vezes amargura, 
por vezes riso falso de tão velho, 
cantar da sombra sobre a selva escura. 

Numa casa de vidro te sonhei. 
No vazio dessa casa me esperavas.